
Gosto da melodia que imagino em teu quadris, dessa temperatura febril, desse jeito de invadir tua solidão, e de sonhar-me em tuas mãos, elas ; que acariciam, tocam, inflamam, queimam como seresta na madrugada.
Vejo, ao insinuar-me entre tuas coxas, que roubas de mim um sentido, gosto disso, te permito e me permito te roubar um grito, um prazer uma maneira de ser, só tua, crua, feminina, sensual, pétala nua, de todas és uma, faz-me teu homem, eu te creio minha mulher.
Nascer e renascer, tantas atitudes, virtudes, gosto de ser, boca que peca, me entretém, e me tem, sorve de mim, me beija assim num romance sem fim, pronunciado em ais! Eu, louco enamorado
perdido em cuidados me aprofundo em ti, busco teu fim a tua sensação que grita, a palavra aflita que diz: fica dentro de mim. Então me atenho, me aquieto em tuas entranhas, provoco manha, sinto teu renascer, bebo em ti, dou-me à beber em tua boca, que orquestra nossa sinfonia ...
Manhã, tarde, dia, amada minha, voz na madrugada partida e chegada, todo o meu prazer...
Pousa em ti!