sexta-feira, 30 de abril de 2010

Sei lá ...

Uma à uma, pouco à pouco foram acontecendo as graças, abençoei-me remanescente, restei de tudo, um pouco mais aprendiz. Aprendi de mim, de ti, do que denota a retórica de uma idiossincrasia.
Paisagem fria, e não me diga nada sobre razão e olhos sem visão, apenas permaneça presa em sua própria face. Desdenhe, desenhe, pinte uma nova esperança, quem espera alcança quem corre por gosto, nunca cansa. Eu cansei, ainda não sei quanto corri sem chegar ... Afinal onde esta o que me agrada imaginar?
Sei lá ... !

terça-feira, 27 de abril de 2010

Recorrências

Cansei de andar procurando "coisas", nas palavras.
De pensar na geografia do teu ser, como respostas ...
Acaso me completa, conhecer a nomenclatura da tua hora nua?

Estou farto das subjetividades inocentes, dos olhos que dizem
quando os lábios temem, exausto de preencher lacunas recorrentes.
Cansei de ver o que não pode ser, e tudo o que é, não admito.

Não sei por que flutuam tantas e tão pequenas amarguras ...

sábado, 24 de abril de 2010

Identidades.

Identidades... É mais do que ser e se identificar com alguma coisa, vejo na  minha sobrinha "Vivi" o que minha mãe queria ser... Eu admito que pequenas coisas , nos fazem mais atentos do que pretendíamos ser, mas afinal, a vida nos convida a ver sua face e, mesmo parecendo fugidio em  tantas vontades e tantos movimentos que se escancaram ao meu rosto primaveril, eu sei que tenho consciência  das coisas que  nunca pretendi entender, porque, era mais fácil dizer: eu venho, de onde vocês não podem chegar ...
Afinal, amadureci à duras penas, mais com de dor de amor do que poemas, deixei de lado a flor, desconsiderei a cena, não fui, nem sou,além de uma criança que queria ser considerada maravilhosa, desabrochei semente, desconsiderei a flor, e o amor ... Era mera conseqüência.
Então passeio pela musica de todos os movimentos em fá, tenho dó do lá, me restrinjo ao mi, canto o  ré e sou assim, alguém que não chega ao melhor  e/ou, ao definitivo de mim
Choro, brigo, destrato e me retrato,  porque não aprendi a ser poeta de frase aberta, que entende e se surpreende, quando a realidade desperta. Eu não nasci assim, sou a parte de mim que minha mãe sonhou.

Metáforas ...

... Amo-as !
Tenho metáforas para quando sofro de inintelígíveis conseqüências do que me submeto, do medo que se me aclara, quando penso em sentir, e é a metáfora que me acalma e me explica, de que forma sinto o que deveria... Pressentir. Mundo pródigo das comparações subentendidas, metafóra é uma questão de vida quando a dor de amor que não se explica, exemplifica-se num desflorar de cor,num matizar que canta a maravilha universal, e, é brutal o dom do anti natural que mortifica e crucifica, decifra e devora o que agora, desenha o imortal.
Adoro metáforas, quando falo de teus olhos, quando imagino teus lábios, quando sou egoísta pensando em meu prazer, quando sou sem ser, instrumento que amanhece em tua cor, que mantém o sabor da feminilidade que constrói teu ser e ser, é nada mais que ser mulher, crescer e se construir, diante do que virá e  serás, quando sejas o que sonho e imagino. Construo a imagem  da luz que diz, mesmo que contradiga e a essência de se entregar, é estar onde você quer, quando se constitui a mulher que clama e chama : dar prazer ao que te dá prazer.
Metáforas tem vidas, que fogem ao entendimento,  são momentos que a musica expõe, como nudez de terra, mar e consequência de viver sem saber. Amo amar metáforas, porque posso dizer sem confessar, o que nenhum terapeuta entenderia, porque ninguém sabe entender ao que me defino, muito menos o que me define, o que resumiria em qualquer terapia, que o ser humano só contesta, e ainda assim... necessita do prazer de estar bem, METAFORICAMENTE isso esta fora do alcance de qualquer psicologia, da matéria fria de quem não entende, porque se não sente, não haveria sentido em entender.
Amo metáforas, porque me fazem amar o inconsciente ...

sábado, 10 de abril de 2010

If ...

... Se eu acreditasse nas palavras, não teria sentido pensar, e o que sinto não haveria de existir porque não foi escrito, então  admito;
Ou eu não sei o que sinto, ou não acredito.
...Se o universo fosse perfeito, todo o verso se perderia em sensações inacabadas. A carícia não teria a característica de só sentir, a mulher amada.
...Se eu tivesse mais tempo, não saberia o que fazer com ele. Tempo é uma coisa esquisita, tempo me irrita.
...Se, eu acreditasse no amor, tudo estaria estabelecido não existiria conflitos. Eu amo o que amo, mesmo que não faça sentido. Acho tudo isso muito bonito, mas não acredito.
...Se perguntar fosse o fim de tudo, não haveria necessidade  de respostas, existir e viver a existência exige mais que simples retórica. Eu não questiono, sem imaginar antes por que: qual seria a finalidade de quem responde?
Enfim, nada que se preste aos "se" terá um fim minimamente razoável.

Feliz aniversário, eu.

- A geografia feminina deve ser lida em braille, por isso dizem que o amor é cego. E eu, também!
- Não quero ser feliz, quero um estado de espírito bem humorado.
- Mais vale um notebook na mão, que uma biblioteca decorando a sala.
- Ninguém fala mal de mim, ainda bem que de bem, também não! Isso seria conspiração.
Minhas considerações, sobre o primeiro ano do resto de minha vida. Hoje faço 51, feliz aniversário pra mim.