sábado, 29 de maio de 2010

Teoria Idiota

Pensando em relatar sentimentos, desde sua pequenez à grandiosidade de alguns momentos, encontro uma essência contraditória que poderia ser uma amante do  ridículo, e ao mesmo tempo a namorada perfeita do absurdo.
 Viver, querer ser, e contar  a experiência do paradoxo instintivo, absorver a consciência do espírito, tal qual se retém as frases feitas na hora eterna do delírio, isso; é um sem fim de religiosidade  que conflita com a perspectiva  dos sonhos que fluem por mim.
Creio em Deus, naquele deus que desperto e me torno quando amo, quando toco o amor mais com a fé, do que com confiança. Porque é assim que todo o homem deve amar uma mulher, e por sua vez, todo o homem deve ser amado assim; pela iluminada essência  da fé, que habita o amor da mulher.
 Amar o amor  não é poesia passageira, é uma idolatria terna e consciente ao deus de cada um, unir-se a evolução do gozo que Gaia, nos permite e assiste, em prazerosa excitação ...
Outrossim, adoro o mundo cheio de ideias, incógnitas, promessas e decepções. Por uma vez entendi que se não fora assim, eu não teria sobrevivido ao meu SIM!.

Maria ...

Tão pouco se falou de Maria, da paz contida em seus lábios primorosos, daquele silencioso olhar  consentindo   travessuras, da voz que segurava o grito, e da boca que poucas vezes reclamava um beijo.Não sei porque me ocorrem tais lembranças, talvez – é sempre, todo o dia um talvez – eu comemore inconscientemente, a amorosa idiossincrasia  de Maria.
 Sobram-me tão poucas coisas a relatar, porque de tão intensos e explícitos, mistificaram-se todos; os atributos de Maria. Multiplicando-se nas tenras coxas de Solange, nos carinhosos seios de Lisbeth, naquelas mãos impiedosas de Consuelo, e sobre os róseos lábios de Suzane, eu me detenho me recomponho e me recuso a confessar.  
Ah! É indescritível a insensatez do imediato, do dito e consentido, do que se funde ao ato de fato e  sem remorso, da pálida e cálida clausura que desejo. Por tudo e tanto desde as estrelas à terra audaz eu canto, pelo absoluto transcorrer do tempo, pelo todo em si que eu recordo, bem amada Maria... A ti eu canto!

Açucena planetária ...

Bela mulher, fragrante açucena de tez morena, que devora meus sentidos, plena maçã, ampla e  encendida geografia que domina.
Conceitua e insinua a sobriedade sensual do meio termo, em meia nudez, emoldurando em pétalas, pérolas e pedra fina, a avidez do instinto que observa e se consagra, em imaginária passagem pelo templo do teu ser.
Perdura a essência planetária, daquela hora transitória entre o teu mundo e o aspecto outonal do meu céu.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Três

Três silabas  em monólogo constante, o ir e vir do filme que passa e devassa a verdadeira criatura, o ar da graça, a resposta que define e imprime o silêncio casual.
Não tenho tempo para celebrar pequenas coisas, nem as menores atitudes são saudadas como deveriam, movem-se as estrelas, palavras ecoam e as sensações  desfalecem.
O acaso prevalece, o mundo estabelece a substância do absurdo, e a vida tem a estrutura de uma cereja, os olhos comem enquanto a boca beija.
Embora não decida, sobre o aspecto ou forma, com quê o orgulho se apresenta, ainda assim reconheço,  que em determinadas situações ele se apresenta como uma sobrevida.
Definitivamente, sou meu porto seguro, é determinante encontrar  o absoluto do meu “EU”, o instinto age, a intuição responde, e a alma se expande numa resposta ao céu.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Dois ...

Dobles palabras, fazem eternamente o desenho da casualidade, eu não compreendo imagens, que não sejam casuais. Houve um tratado entre o desejo e a geografia, alçado aos olhos, no tremulo clamor da noite fria, feito o conceito, foi desfeito e interrompido.
Até logo, leva-me à compulsão de ausentar-me desse momento,migrar às rústicas lembranças de outros tempos, sem ser, nem ter... Apenas romper antigas inquietudes, despedaçar ideias concebidas, saltar o que adia e entedia, tocar o firmamento... Alegra-te! Grita o vento.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Um ...



Um, de ser um ser alienado e reticente, declaradamente  ausente e de intuição presente,instinto resumidamente... Animal ! Porque de tantas clausuras consentidas, um dia disse sim pra vida, e transcendeu atitudes de qualquer lugar,que por etecetera e tal  adotaria por seu. Significado de um eu, que há muito se distanciava de mim. E foram assim, passaram-se assim, transcorreram assim os subtítulos, as manchetes dos navios que naufragavam, o declínio da liberdade na idade da revolta, da rebeldia que não tem volta, as vezes um trágico ou melodramático fim. Enquanto isso a terra cumpria uma nova volta e o mistério sobre o império, estimulou a rebelião dos condenados que percebiam a evolução dos sentidos.
Então: diante da exuberância do universo, permaneceu estático. Compreendeu que nunca estivera atento, tudo era questão de momento, desde um suspiro ao vento; era coisa de segundos. E de um insight profundo, nasceria moribundo, criaria um mito revelando ao mundo, que foi o tempo quem morreu... Não haverá melodia transparecendo o céu rasgado, a luz que flui por entre dedos de cristais, não sei de leis, não sei segredos, nem das conspirações universais. Será por isso que se definem em tantas metáforas, o meu dia? E, para dizer alguma coisa sobre aquele amor que não acredito, que seja completo, lindo e duradouro, sem que jamais se perpetue.