sexta-feira, 30 de julho de 2010

Eu, remoto...

Cansei de ontem, de coisas imprecisas, do que não se diz, insinua-se e fim ... Será sempre assim?
Talvez, eu não saiba entender a origem da estrela  sobre o teu peito,ou da lua que  se debruça sobre ti.
Sei, que não sei de mim se não prevejo,  a remota  rota do desejo, que partirá numa viagem sem fim,
considerando o tempo do absurdo, a hora do ininteligível, o momento do adeus, o segundo do sim.
Vem ! Navega  em mim. sufoca e provoca o desejo do sim, do que fica, do que se apronta,do que começa
e desenrola, a carícia da hora mista , simplesmente viver sem se ater ... Podes ver?

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Bebado ...

... Bêbado de coisas, bebado até do sinal que não concordo, de interpretações, da  vida que acho linda e que não vale,além do que penso que vale.

sábado, 24 de julho de 2010

Miralua

Queria renascer em ti, naquele veludo do céu, o céu sem véu de tua boca.
Ainda que não seja assim,  que teus  cabelos não escondam minhas mãos,
roubando com carícias tuas delícias, quero sonhar-te nua, a desenhar a rua
por onde  vou e estou, a decifrar teus versos e reversos, bem amada... Miralua.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Oceânica

Ela é ela, pinta aquarelas, desenha vitrais, grita silenciosamente;
 diz que :  “ a vida espanca docemente “, e ama  animais ...
Não sei nem menos, nem mais, e o que vi não se define, assiste-se
vendo a vida passar. Ela textualiza o abstrato, faz um retrato das marés,
em um interplanetário oceano, e quando cai o pano, sempre me leva a pensar.
Um dia disse que disseram, que amor chove. Que deságua feito cachoeira,
Pegadas molhadas em direção contrária, penso... Que chove sim.
Gosto de imaginar o amor, como um vinho celestial em videiras terrenas,
Malbec, uma ou outra vez, cabernet a cada inicio de mês, e quando quero
beber um tanto, do que imagino a essência  amor: carmenére,por favor!
Amor, beber  e amar, melhor  adequar ao paladar, o que deve ser, será.
Ela dorme, sonha, levanta e caminha pulando amarelinha em poças d’água,
me faz feliz quando conta o dia e os pensamentos dela, não sei quando vai à janela,
 penso que um dia eu poderia  estar lá, na calçada molhada ... Hummm começo a sonhar.
Então... Deixe  chover quando setembro  chegar.

domingo, 18 de julho de 2010

Outra Vez ...

...Anônima

Era ela, uma anônima que olhava pela janela, e eu respirava o jeito dela.
Eu quis dançar, ela disse que sim e fomos assim, a rodopiar pela sala da casa amarela.
Põe sua mão assim, disse-me ela, eu toquei o infinito do riso dela ... Dançamos sem fim!

Adoro quando você sorri assim, e permitiu que um beijo hoje, não fosse tarde demais.
A mente pressente e voa no ontem, aquela era a hora de ir e dizer sim;  eu danço meu lábios em ti 
Quando teu riso e teus cabelos, circunvolarem sobre mim.

Vem que me tens, sem ter que ir nem chegar, apenas ficar onde você não esta; que é distante de mim.
Abre teus olhares sem pesares, debruça-te, e que teu colo vislumbre meus olhos em ti,
 anônima  me tens sem dor,  e que teu amor repouse em mim. 

Considerações ...

... Agora já é um tempo ido, ficou pronto e estabelecido o recomeço.
Nesses dias lentos que transcorrem as semanas, desfruto de uma invisível intimidade,
com lugares e as pessoas da cidade, Porto Alegre é intensa, como namorada desnuda
que nos mantém seduzidos, na exuberância radiante de sua sensualidade.
Na plenitude aconchegante de suas formas...

...Gosto dessa solidão entre as "gentes" da sensação de olhar tudo, e nada ver.
Uma contemplação puramente aleatória, da essência abstrata do ser.