quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Jealous guy ...

A amargura breve, se agita, grita. Amargura longa, silencia e domina ... Grito, pra não alimentar a amargura do que duvido, do que não é passível de explicar.
A união dos sonhos, é uma estória dificel de contar, porque egoísta é o sentido, e o que se sente é eternizar o mito, do que muito se conta, ao tocar ...
E não importa a musica, sempre é preciso  dançar. Por isso admito ... Danço a insolência de toda mulher que me quer.
Decidi que meus sonhos, não vão mais sonhar . Estão fora de controle e não quero viver de desculpas, nem das culpas que meus sonhos podem causar. Nada em mim, sente necessidade de perdoar e por fim, nenhum lugar é bom pra se estar ...

sábado, 12 de dezembro de 2009

From a distance.

Não sei qual será o meu caminho, andei demais ... E tanto !  Que desenhei em mim, a estrutura da cebola.
Nada muda, nem eu, portanto. O aprazível precisa ter mais sabor, que encanto, e o amor é mesmo uma salada decorada.
Eu simplesmente não sei, por quê percorre-me a sensação de uma casa vazia. Será o discernimento que produz a constatação de uma distancia? De tanto não pensar, agora sei plenamente que não sei, e que nunca, de verdade, me importei. Aprendi que longe de mim, é um lugar que nunca posso estar, e não adianta desejar ... Quando se cala a alma,  se acalma a mente e o coração não sente.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Tudo é verdade - Walt Whitman -

Ó eu, há tanto tempo um homem de fé indolente,
Erguendo-me a distância, negando porções de mim mesmo por
[tanto tempo,
Somente hoje consciente da sólida verdade inteiramente derramada,
Descobrindo hoje que não há mentira ou forma de mentira, e não
[pode haver mentira alguma, mas que ela cresce sobre si,
tal como a verdade faz sobre si mesma,
Ou como age qualquer lei da terra ou qualquer produção natural da
[terra.

(Isto é curioso e pode não ser percebido imediatamente, mas precisa
[ser percebido,
Sinto em mim que represento falsidades, tal como os demais,
E que isso é o que faz o Universo.)

Onde falhou um retorno perfeito, indiferente a mentiras ou à verdade?
Está sobre o solo ou na água ou no fogo? Ou no espírito do homem?
[Ou na carne e no sangue?

Meditando entre mentirosos e retirando-me asperamente para o
[centro de mim mesmo, vejo que de fato não há mentirosos
nem mentiras afinal,
E que nada falha ao seu perfeito retorno, e aquilo que se conhece
[por mentiras são retornos perfeitos,
E cada coisa representa exatamente a si mesma e aquilo que a
[aperfeiçoou,
E que a verdade inclui tudo e é sólida tanto quanto o espaço é sólido,
E que não há falha ou vácuo no montante da verdade - mas que
[ tudo é verdade, sem exceção;
E doravante celebrarei qualquer coisa que vejo ou sou,
E cantarei e sorrirei e nada negarei.


Ps: Obrigado, Senhor Whitman.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Amarantine

O novembro foi doce, porque ainda tinha contido, o âmago da primavera. Como se dividisse as esferas donde renascem as estórias de amor, era um gosto napolitano, creme, morango e chocolate, cobertura de leite condensado ... Mas não tinha aroma de flor. Não pairava no ar aquela essência, que toda a primavera irradia, e eu ... Respirando janelas vazias, não sinto dor, penso que respiro a condição do sossego, o Karma que acalma a alma ... Suspiro !

Delerium ...

Amanhã, amanhã durmo até não saber acordar, ando descompromissado com projetos de vida. Acho que hoje, nessa madrugada insone my dreams, se perderam de mim. Não lamento, constato que andei sonhando longe e acordei. Se sobrevivo, não sei ! Sei que vivo o que ainda não sonhei.
Melhor assim, finjo que o melhor de mim, eu sempre ... Admito!
O pior, nem vou pensar! Tem água branca que alcança, onde nem imagino chegar ...

Ritornare

Roubas minhas intimidades e sonhos, roubas de mim o prazer de ser único e inesquecível, roubas delicadamente, o que nunca pude ter ...
Ah ! Esqueci de dizer, que naquele dia, roubasses, a identidade e a personalidade de meus delírios.
Hoje, foi um dia à QUE ME PROPUS ESQUECER.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Palavras ...

Hoje é uma lembrança de ontem, e de todos os demais, que me disseram aqui: Estás solo en el mundo ! No lo puedo sentir, el aire vuelve como esperanza, que tiene una sonrisa que suaviza.
Dentro das cores, procuro descobrir se em meu coração, ainda soa alguma musica ou se ainda pesa e se contrai o silencio. Encadeando uma corrente de luzes, que voam do paraíso à constelação que havia em ti. Nunca mais, me diga aqui, que todos os mistérios dos anjos, se revelam em sorrisos, dentro de nós há que se descobrir, que até os demonios amam a música.
E eu, confirmo o que vi e ouvi, e que em cada segundo morri, revivendo nos vastos minutos do porvir.
É assim, que provo a doçura da vida, a vastidão de todos os sentidos, que dentro de todas as cores, me fazem descobrir ... Como é doce o silêncio que impus à mim.

Sun ...

Vens da luminosidade ao que sinto, és tão bela e impossível que não explico, e não minto , porque é bem verdade, que o jeito dela, já me tem desorientado...
Bela, bela e intraduzível, eu queria que nossas bocas se beijassem de forma interminável, como se procurassem a liberdade, que nasce do amor e da dor que é indefinidamente questionável.
Retomamos as vozes, dos perdidos que perguntam: o que será? Ninguém sabe, e nunca alguém saberá ... Mas é invencível a natureza instintiva, de quem tem necessidade de sonhar e aproveitar com alegria, a noite... É, do meu melhor sentimento de amor, que tenho saudades,imagino ele vivendo em ti. Tengo que volver a mis sueños orientales.
Redescobrir-te cem vezes em cem, ir além da conta, do que desponta em tuas linhas, que são minhas, e que sinto agora no coração, e que me transpassa como se fossem todas as coisas do mundo, flutuando no ar que expiras.
Gosto, da criação que inspiras, do que retornas e importas à esta casa, que é a vida minha. Eu, te respondo sun ... dá-me tuas tempestades e tira-me daqui, porque não quero estar só neste mundo.
Que me importa rir, desta vida, que é a minha, já que eu sei que voar até o horizonte de teus olhos, é uma viagem misteriosamente doce, que me transformará em luz, num rio que pode ser sentido em toda a musica, cantada livremente ao ar, que todos respiram em seu próprio silencio.
Ahhh! Como é doce o ar, que corre em meus pulmões, transformando todos os sentidos do coração, dando uma cor serena, a emoção enquanto abraço-me à tênue respiração ... Sun, nunca
me digas não!

Filosofias ...(outra)

Eu sei que o amor, me deu belas manhãs ...
Mas existe em mim, o lugar onde não estou.
E toda a necessidade de uma paz, que não existe.

Filosofias ...

Hoje vou pegar o pior vinho que o meu dinheiro pode comprar. Não tenho nada a comemorar, mas vou bebe-lo sem pensar, tenho plena noção do que a vida me concede, e toda a acidez dos sabores não se mede, se vive, em sua própria essência.

sábado, 14 de novembro de 2009

Pergaminho ...

Não sei ainda onde vou, não decidi de onde venho e nem por que quero chegar. Trafego a mesma linha de ontem, de um lado atua o pretexto de razoabilidade e racionalidade, e de outro, vivo uma
Veneza de canais tempestuosos, num carnaval onde a essência, é uma torturante máscara.
Passei a vida fugindo de minhas dores, e agora dói-me o pensamento, todo o raciocínio é agudo, como memórias dolorosas encravadas na terra da idéia. Minhas fronteiras não são físicas, apenas considero-as inexatas, portanto nunca delimitadas e simplesmente confusas e intraduzíveis.
Não corroboro a idéia de comportamento doentio e perverso, sou integro à candidatura de bem aventurado pelo universo, destruo meu amor próprio, desconstruindo fases e lamentos, sou ordinariamente submisso ao levante dos desejos, sobre a carne e o suor que se espalha pela geografia feminina. Desavergonhadamente atendo aos anseios da libido, das claras coxas, que aos meus instintos incendeiam, e cantam feito rouxinóis.
Não aprovo os tribunais de olhos e gestos acusadores, de semblantes fechados e reprovadores, o delito consta dos autos, não mais , se necessitam palavras testemunhais, vale o voto, diante do trejeito que exproba. Nem réu, nem vitima, unicamente observador de minha trágica e incrédula inocência. Diante do meu pequeno mundo, exposto, eu me permito não acreditar.
Defendo a identidade dos sonhos, em rabiscos poéticos e metafóricos, e pretendo que toda a dor e sofrimento, seja profundamente literal em todo o verso, nesses momentos, me faltam horas pra sonhar.
Não busco razão nem perdão, quero a execração dos itinerantes, dos que passam sem passado, sem memórias nem solidão.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Things

Things, meu caro confessionário, tens o dom do extraordinário quando me esclareço em ti. Hoje preciso saber , em razão de que, busco escancarar com refino todo o egocêntrico subjetivismo, que abençoadamente o universo traduz: instinto ! Porque Eu e meus outros eus, dizemos tudo à golpe de letras e sobriedade ? Ando incrédulo com todas as molduras, de minhas próprias paisagens.

domingo, 18 de outubro de 2009

Breathe Me ...

... Em teus lençóis, entre tuas coxas ...
Ouça, a mórbida caricatura da música que desenhei em tua fronha, como se importasse estar contigo, enquanto resolvo as dissidências entre meus anjos e demônios. E não é fácil, jogar minhas vontades entre o inferno e o paraíso. Ouve-me, depois respira-me em silencio, porque o que resta é esperança de cantar um dia, toda a constância de trazer-te incólume à vida minha.
Por isso, abraça-me e voa em teu paraíso, porque preciso dizer que não estás só em meu mundo. Encandeando de luzes minha alma, transformas os caminhos dos rios que vagam sobre mim, e teu ar é o mesmo que respiro, então não me sinto tão só neste mundo. E se me levas contigo, é porque tens o mistério dos momentos que desejo, e dos quais, nunca pensei em fugir. Então ouço tua musica, que sempre me parece como se você me respirasse eternamente em silencio ...

sábado, 17 de outubro de 2009

Orientales

Queria dançar, mostrar que esta vivo, o que obviamente morto não esta. Mas dançar, não diz de vida vivida nem vívida, diz de ferida que não foi cicatrizada. E você imagina, cria a situação incompreensível, eu não vivo e também não vives e aí, se acomoda a inconstância e a distancia não diz, quem vai sobreviver ...
belo, belo e irascível rondando as coisas da cidade, e tudo nasce como uma hora qualquer, o horizonte se estreita e teus olhos ficam à espreita, do que podes imaginar sobre mim, que te vejo assim ... De um jeito, menos que longe. Forte, feio e impossível, o amor também, tem suas qualidades miseráveis, sem igualdade, não se habita o direito de estar e nem sonhar, os sonhos de quem se presume amar . E eu, presumido , farto estou de andar pela cidade. Vou pra casa e casar, passear com ela, em bandas orientales ...

Viajeiro ...

... Te beijo sim, te beijo com gosto. Predisposto a ir até o fim ... Fim de minhas emoções quando te beijo. Acho que me acho quando te beijo assim, e se tenho perto de mim, beijar-te-ei de forma incondicional, mesmo que um temporal desabe sobre mim.
Gosto do gosto da pele, da água do desejo que desaguas assim, num sem fim de nostalgia, no centro da cama fria, quando não tens o meu beijo em ti. Não tenho pressa ... Nada que penses me molesta, eu crio os versos mais sutis, beijo-te da ponta do nariz até o verbo. Te desconcerto e acerto, meus beijos tolos, no centro da paixão que nutres por mim.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Big Deal ...


Acho que não importa o contrôle ou o seu exercício, sentimentos são imprevistos e Deus brinca comigo, quando impõe o livre árbitrio e eu grito : ahhh grande coisa !

Essa luta é um tanto "nonsense" e vem de um certo desprezo por tudo o que não entendo, e que definitivamente eu deveria sentir, mas sem comprometer minha opinião, ou os estreitos laços entre cérebro e coração. Será tudo isso, sinais de excitação ? Então, penso que devo usar minhas reações de contrôle sobre toda a ilusão, se isso pode ser diagnosticado como ausência de amor, ou se é exatamente distanciamento do amor, creio que qualquer decisão baseada nessa necessidade de luta entre consciente e solidão ... Deus ! Eu não entendo essas coisas. Se diante de tudo que se desenha em meu mundo, absorto em minha antiga cantiga, quero não pensar, que meus beijos e desejos possam ser creditados à uma grande coisa ...

Dito e posto, é com gosto que me entrego ao prazer de imaginar-me em ti.

sábado, 3 de outubro de 2009

All the ways ...


O amor, tem a mesma relatividade do tempo. Em teoria, tudo se equivale. No amor e no tempo tudo é matéria e energia. Muda o aspecto dentro da mesma realidade, e você é assim quando me confessa com o corpo, o absoluto do que te vai pela alma. Então, por favor me respira em silêncio e me leve ao teu encontro, pois que já és a vida minha. Não me extirpe de ti, não quero estar solto no mundo, porque de todas as maneiras, você estará sempre em meu coração. Mesmo que eu não justifique, ainda assim ... Eu sei.
A poderosa verdade do instinto é um mito, quando se busca definir a relatividade do amor.
" Para sempre", é um lugar em meu coração, que comunica em tua pele, num ir e vir em tua horizontal formosura, que todos os meus desejos deliberados no tempo, todos, se concentram em ti
e ofereço as minhas horas de amor ... All the ways.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Musicalidade ... On Air !


Por acasos e descasos do inconsciente, sobrepõem-se as urgências do dia. Fim de semana que irradia uma musicalidade no ar ... A ária de um pária, que conduz a orquestra nas veias, as teias horizontais, sinais das próximas luas frias.
... Vem dançar, na verticalidade dos campos subjuga teu corpo ao movimento, solta ao vento tuas frases cheias, de corpo, véu e nomenclatura. Jura, promete, volteia tuas formas em seda pura, confessa a formosura de teus seios. Entremeia teus cabelos, roça na dança os teus pêlos, submete meus apelos, aos estreitos jeitos da carne que enlaça, dança teu ventre com graça e disfarça em teus lirios a rosa que Deus te deu.
Não sou, não sei e não teria, mais que matéria fria, longe dos lábios teus ! Quando e enquanto gerar e gerir sons a tarde, de palavras cristalinas, cantam e encantam as previsões, dessas vozes femininas. Em anaguas de algodão e seda fina, bailam em muitos corações, os desejos verves das adoráveis meninas.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Pink "Fró(id)" borderline ...Terapia musical


Passeando por essa estrutura mal acabada, eu me detenho, bebo um vinho e me confesso...
Egocêntrico, travesso e sedutor, passo pelas avenidas do amor, como dedos que percorrem teclas do piano: insano, subjetivo, pretensioso e sonhador.
"... Em breve, a primavera !
Talvez eu veja nascer de verdade, as flores que plantei. Não sei quais são, espero a surprêsa.
Essa vida medonhamente faceira e companheira, parece requisitar muito mais de mim. Estou repleto de esperança, tanto quanto essa árvore que se expande, diante de minha janela. Não é bela, mas completa em sua corajosa travessia. Protetora da lampada de aladim. "
O delírio de sorver o vinho me satisfaz, misturado às excentricidades do pensamento, me torna verdadeiramente incapaz, de considerar o equilíbrio, entre minha civilidade e o instinto.
"... Mi padre y yó, tuvimos cosas parecidas, hicimos de andar por la vida, sin recuerdos ni
dolor. El vino y las risas, el humo de los cigarrillos, es de toda la historia, el mejor."
Esta posto ! Deposto o déspota, restam resíduos rosados do vinho na taça. E a moça que passa, sorri ... Parece feliz.
Talvez , como eu; tenha sido tomada pelo rock poético do Sonata Arctica. Ahhh ! Não importa, de alguma forma, sempre divido o que penso ser meu. Disperso estou, entre teus lábios e tuas coxas.
Minha casa; minha casa é um antro de confusas tradições, quando termina o vinho, faltam soluções. É então que não sonho mais, que não procuro mais, que não me relaciono mais ...
Não acredito e premedito todas as reações, canso de ser um adivinhador. Sei que o desejo é um grande provedor, das grandes necessidades do amor. Hoje, minha casa é uma grande barra de goiabada, toda feita pra comer.
Borderline, linha escura, gostosuras em travessuras, adrenalina pura, medo e vontade de morrer e sobreviver, paranóia, andar no fio da navalha, ser mais querido que querer.
Atormentador, indelicado, cheio de sensibilidade, comprador de amor, raiz sem flor, presumido senhor absoluto. Resoluto e incauto, arauto da emoção, presumível senhor da morte prematura.
Gosto do vinho e sua sagacidade que me contagia, gosto da selvageria que imprime em suas raízes, da terra árida que constrói essa energia e irradia força, sobrevivência, ferocidade, e enfrenta a vida com alegria.
Sinto-me um deus ! deus dos ateus, mensurável idiossincrasia pura, e o que me segura, é a complexidade de explicar meu Deus !
Tem tanta coisa que me emociona
tem tanta coisa que me faz chorar, que devo irrestritamente dizer ... Amém !
E o Sonata Arctica, diz também.

sábado, 22 de agosto de 2009

Dó, ré, mi ...


Gosto do feitiço do tempo, da musica que me leva lento, que absorve o momento de escorrer por tua boca. De sons e espera, dedico minha passagem momentânea pelo teu universo. Amor pecado mais distinto, eu te distinguo entre todos os contornos de teus lábios, do afago, da força de minha resistência e da ausência de ser em teu ser, mais que uma calorosa presença.
Me deixem ou me arrastem, mas musicalizem meu destino em suas esperanças, toquem minha alma, me absorvam em suas essências, cantem para mim a musica da solitude voluntária. Não quero estar nas estrelas, sem a magnitude musical dos seus instintos, eles que sobrevivem, eles
que são todos os tuneis do tempo, jorram vinhos e momentos que não couberam todos em mim.
Que seja assim ... Enfim !

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Gregas ...


Ta bom ... Hoje não tem importância a chuva nem o frio, deveras me incomoda o desperdício de tempo. Quero vaguear e vagar pelas estrelas do dia, da tarde entre vento e garoa fina, que me faz bater dentes. Não sei porque escrevo, talvez seja uma simples ocasião de ocupar-se com nada, correr dedos sobre marcas brancas, enquanto a porta engole a aragem gelada, e as pessoas andam por aqui e ali, todos transitam em direções contrárias ... Pensei agora em ereção, coisa estranha ...
Tarde gris, nuvens viajeiras, um leve azul lá no horizonte desponta, talvez a tarde acabe bem, e
nenhuma recordação fique, vão-se todas as coisas inquietantes nas "abas" de nuvens ...
Divago, não sei o que digo nem o que digito, acompanho a ultima palavra, esqueço a frase, tomara que tenha algum sentido, vou ler amanhã e ver se entendo hoje. lembro de musica, mas não escuto, não quero ser manipulado por melodias, nem por gemidos de uma mulher sedutora.
Queria beber todas, mas sempre acabo olhando o fundo da garrafa e descobrindo um mundo secreto naquela última gota ... Dá vontade de ter nascido grego, pra conversar "fiado" e adentrar a uma filosofia pura, totalmente desconhecida mas cheia de calor e luminosidade, abastecida pela lenha que queima e se transforma em cinza pura.
Ta chega ! Vou trabalhar pra comprar lenha.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Divagações



Mãos, sangue, veias ... Translúcido, o que me vai por dentro.
Também quero dizer-me o que não sei, explicar-me o que
não sinto.
Alguns dias, as palavras esquecem os sonhos
e a criança dentro de nós, cresce ...
Não dizemos que a esperança é verde, como as árvores
da janela, nem que a flor amarela é bela, e, que o mar
tem um estranho tom de azul, no outono.
Pensamos sim, que o mundo devia ser diferente,
todo igual aos desejos da gente, pra depois
dizer: Deus, que caos !
Nem guerra nem paz, democracia com poesia
instalar a teoria, de um mundo paralelo, onde
o que teria de mais belo, seria o direito de imaginar
e viajar outro universo adentro ...
Divago no afago das pretensões, gosto
da utópica sensação de serenidade,
que transparece liberdade e voa ...
Dentro de mim.

Gota, gota ...


A gota inteira liga meu eu, a tua boca
um fio de estória, saudade nem tão sã
e nem tão louca. Apenas sem fim.
Saudade reticente, que pousa e se eterniza
na alma e no corpo da gente.
Ah ! Que alma, que nada !
É a carne enamorada, que grita os desejos
de ti. Gota, gota, emergida em transparência
fluindo de minah essência, ao encontro dos
lábios teus ...
Por isso o amor que te tenho, tem tons
de melancolia, de casa vazia, noite fria
cor de ausência que determina
meu tempode solidão.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Diferenças


O amor e eu, temos algumas diferenças
ele me diz que já é tempo ... Tempo pretenso
de saber, o que vai na alma da mulher, mas,
sem pretextos nem dissimuladas opiniões.
E eu, que não pretendo mais que a maciez
de tua pele, o gosto de tuas coxas em minha boca
beijadora, digo que tua alma flui em mim, diáfana
criatura que habita em ti. Já que te posso sentir,
não haverá sentido em saber e definir ...
... Diferente amor, de manhãs e noites vazias,
preferida carne que se distancia
dá-me a essência de teus seios em minhas mãos,
Corrompe meu coração com tua incandescente flor,
desafia meu instinto, desfia-te em meu destino,
destina meu desatino às teorias do amor.
Por fim, neste sem fim sem solidão,
eu me entendi com a paciência,
sobre a incoerência das mensuráveis diferenças,
entre o amor e a paixão.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Grande Estrela


Eu já disse que sei ... Oh sim ! Eu sei sim.
Que a vida é uma grande estrela, e que a minha própria vida
é um sem fim de ilusões. Todas puras, como essa luminosidade
segura que invade os sonhos meus.
Se eu sei ? Oh sim !
A vida é mesmo uma grande estrela
que se submete translúcida à trajetória do ser. Se sou e és,
haveremos alguma vez, de transmigrar nossas constelações,
num único universo de amor.
Ao vinho e ao vício, declaro a inverdade sobre minhas virtudes:
não às tenho. À falta delas, confesso que amei, fumei e bebi ...
É minha prerrogativa comunicar, que imoderamente ... Vivi !
À grande estrela, me atei com instinto e destino, natureza provisória,
memória temporária das grandes e pequenas coisas, que sobrevivem
em mim. A vida é uma grande estrela: Oh sim ! Eu sempre soube que sim.

domingo, 26 de julho de 2009

Entardecer à janela

O piano toca ... Eu, que ouço a melodia, escondo solidão.
É entardecer e as árvores me parecem vazias, como um retrato do dia
onde não estava você.
É outra música que chega, e quero aumentar a intensidade do som,
cada nota é uma companhia, que serena o coração.
Escrevo, não beijo nem faço mágicas, não sobrevem hora trágica,
esvai-se a ilusão. Tudo se completa, a janela aberta arrecada rumores,
agora a música fala de amores, sou puramente ... Contemplação !
É o entardecer que diz adeus e todos os conflitos meus, escapam pela
janela.
Sou ... O que se traduz ; saudades !
Pequenas lembranças semeiam vontades, quero um só beijo e dois risos,
dos olhos teus!

In (side).

A felicidade da paixão, esta na inconvencionalidade da afronta à própria subjetividade do Racional. É o instinto que se sobrepõe, invade e individualiza ...
Instintivamente mastigo teu cheiro, quando beijo e mordo, levemente, tua carne. Quando
entrecruzo os dedos em teus cabelos, toco tua nuca, e roubo teus delírios com meus lábios.
Não é questão de semântica ou metáforas, e sim, fome pura atravessada na garganta, uma
onda que se levanta e urra, uma vontade que me empurra ao encontro do teu corpo.
Te desejo inteira, sem eira nem beiras, completamente nua, crua de moralidades ...
Totalmente saudades, que de dissipam em mim.
Te quero assim, tocado por teus quadris, colado à tuas coxas, tensionado em meus lamentos,
revisitando momentos, que só existem em ti.

sábado, 25 de julho de 2009

Simetrismos ...


Quisera eu, ser etéreo ...
Pois faria amor, com a poesia
desvelada em teus ... Ais!

Os teus olhares que se perdem
e eu, que não os alcanço!

Teu beijo meu único desejo, beijo terno
beijo "in"verso, meu único universo
beijo em flor, posso te chamar : meu amor?

Me tome em sua mão, me guie
deixe que eu vôe em tua imensidão e,
que descanse em tua profundidade ...

Toda a simetria de uma sentença,
que aproxima a distância ...

Subjetivismo.


Estou sempre querendo voltar e por voltar, viajo em um mesmo destino.
Sempre o mesmo dia me diz adeus, desde o racional ao desatino.
O dia desatinado disse; que dar adeus ao infinito, é um princípio desvelado
do inconsciente, como se cortasse os sonhos e suas aventuras, porque o infinito
nunca se repete, e a gente vive, mente ou existe. Isso, é uma questão súbita
fonte única da racionalidade noturna.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Outra vez ... Outro dia, uma hora qualquer.


Já tenho saudades de te encontrar em casa, dar-te um beijo e despertar teu desejo.
Acho que vai ser assim por algum tempo, como pensamento perdido entre páginas de um
livro, nunca lido, apenas imaginado ...
Quando estive ao teu lado, li e reli as linhas do destino, confesso que vivi em tuas virtudes
femininas, minahs loucuras de amante andante, que viaja em teu universo, e se distrai em teus
confins de galáxias, fronteiras primeiras, de imaginação que te entrego em versos.
Todos dispersos em teu corpo, em tua boca que diz e seduz ...

Eu te imagino assim, vivendo o mesmo mundo de saudades, onde habita o melhor que despertas em mim. Que seja assim, num redemoinho sem fim que viva um gosto de eternidade.

sábado, 27 de junho de 2009

Outra vez ...


estou vindo aos poucos, para sentir novamente essa transição entre o sentimento e a palavra, que não tem formas definidas, de todo jeito ... Gosto de pensar que sempre tem alguma coisa de amor.

Sorry ...


... Não sou assim, nem sei mais como, e o que, definitivamente me tornei.
Nada; é o que me define. Ainda assim, esse nada à tudo se permite, em uma longa
percepção que me restringe.
Aprendi versos seculares que não recito, todo o mito acaba em desilusão e toda
a carne, tem sua sexta-feira de paixão.
Estou triste, mas não importa, tenho ressentimentos da euforia, alimento o dia
com minhas culpas e desculpas, pode; uma tristeza ser vazia? Não !
Estou triste por falta de significados. Sorry ... Eu me confesso, culpado !

- Era uma exposição de aquarelas, e nos tons dos olhos dela, se perpetuou a paixão.
Pele e pétalas se assemelham, evolam aromas, cheiros e sabores, como um jardim
em flores, na primavera de amores.
Adeus, adeus vozes noturnas, leito em brumas, intenso nevoeiro de prazeres,
que cobre o travesseiro de dizeres meus, boca nua de virtude, que se confunde
aos delírios teus.
Adeus , adeus fome de tuas coxas, do cinzél que trabalha tua escultura, natureza pura
fluindo em teu interior, sorvendo de tua flor num rompante de emoção ...
As cores quentes da exposição. -

Lampada-Estrela


Lampada-estrela, irradia tua luz na mão que cria, alumia a palavra vazia,
dá-me uma alegria que ria, traduzida na mais pura energia.
Dentro do universo mora o tempo, puramente conceito, e eu, preconceito
de um minuto imutável. Genuinamente instinto, pouco crítico e nada admirável,
moro em mim, com segredos e medos de períodos idiossincráticos, totalmente
afastado da fé, sem crer nem ver que a qualquer dia, um resquício de amor
detenha em mim, uns olhares assim ...
Lampada-estrela, desperta a bela harmonia, toca o dia, incandesce meu limiar,
me leva aos céus, traz-me ao mar que satisfaz, percorre meus labirintos, sou finito
e pressinto, que todoo amar é fugaz.

Versos Loucos


De quantas vezes me chamaram de louco, penso que me disseram;
apenas porque a natureza, generosa, deu-lhes uma línga - o próprio orgão - não;
porque soubessem ou tivessem o entendimento da loucura, em todo o amplo sentido, ou
da cordialidade e humanidade implícita e explícita, nos possuidos de loucura (aquela que sente e comunica) dádiva concedida à poucos, mal definida por tantos e restrita à compreensão de um ínfimo, de perseguidores e seguidores, de uma verdade.
Que verdade ?! Sei lá ... Dentro da loucura, qualquer que seja a verdade, ela não faz sentido.
Todavia, dizem que os loucos, sobrevivem só do verdadeiro instinto.
Essa é a direção e sentido, dos agradáveis de espirito. Sejam bem vindos !!!

Obrigado à voces, que me convidaram a estar aqui outra vez. Beijo em suas mãos, a alegria !


Reminiscências


Acordo e sinto o dia, abençoando a minha condição de ser; unicamente terrestre.
A paz e a solidão desfrutam de meu espirito imutável, livres de meus conceitos circulares,
pueris habitantes de longos versos.

Tenho o corpo satisfeito de teus beijos.
Tudo em mim, pulsa virilidade renovada em lembrança, a musica toca,
a alma dança. Sou um poderoso instinto de amor em suspensão.
Elaborada criatura fluindo em teu interior, energia latente, força, gosto e sabor.

Inquisidor de minha fé, senhor de meus tormentos, sou crédulo em minha aventura,
quando tu és meu destino, meu desejo de homem faz meu sonho de menino,
banhar-se em teus labirintos de mulher.

domingo, 10 de maio de 2009

Até breve ...


Das vezes que vim e estou aqui, foi por imaginar-me um "pintor" dos sentimentos que alimentam minha vida diária, e procurando os sentidos de me "sentir" um "desenhador" das emoções que me envolvem. As palavras são  a matéria-prima, na ausência delas, vão-se os pincéis e as tintas e sobram quadros vazios.
Agora eu digo até breve, e que estou grato por tudo e por vocês, que estiveram aqui e pintaram comigo esse pequeno painél do Things. Obrigado !

Um beijo no coração.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Senilidade ...


Quais as razões que o amor estabelece? Não sem verdades , apenas creio, na razão de sensibilidades. Todas as demais são acessórias, puramente idiossincrasia momentânea.
Nunca soube que o amor, teria um aspecto de realidade, porque  é em meus sonhos que ele vem e vai,  se desenha em maravilhas coloridas, rasga véus, desnuda o coração, faz-se todo esperança, entre a hora da chegada e o minuto final, da partida.
Então, me dou à razão de sentir enquanto semeio um aspecto de possibilidade, imagino a verdade, em"entretantos" conceitos da mentira. É minha arrogância desmedida, instância
tantas vezes repetidas, que me põe em conflito com a vida, exigindo um confronto que de pronto, elucide e defina,  permita... Que eu, me reconheça.
Todo o subentendido é permitido, a alma caminha em entrelinhas, teço, recorto, alinhavo e respiro, absorvo um toque de senilidade, ainda penso sobre toda a razão de amor, costurada à cintura da sensibilidade.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Carpe Diem !


Por incompleto e inconstante, eu me entendi com a vida, de uma forma atrevida e rebuscada.
Fiz da inconstância uma religiosidade desmedida, passo do nada ao tudo, numa imperfeita vertiginosidade repentina. Tenho meus flertes com a sorte, um presente delicado,que ganhei da vida.
Carpe Diem!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Saudades de você ...


Hoje, pensei mais que antes ... Entrevi nas nuvens  teus cabelos, tua pele, senti teus dedos tocandos os meus. Tão ... Deliciosamente carinho terno, meu universo interno explodiu. Desejei com uma vontade  louca te beijar a boca, nesse momento tenho muita fome de ti, de me perder em tua verticalidade feminina, nesse riso de menina, na tua sensualidade de mulher.
Não será  hoje, mas não existirá talvez no amanhã, não temo mais que viva em nós, um gosto de eternidade, sinto que já me sinto completo na harmonia do teu ser, no balanço de teus quadris, na ânsia de tua boca em tuas mãos que se prendem em mim. Amor meu, bem amada em madrugadas de abril ... Sinto saudades de você, vem, me tem,  desliza em mim toca-me com tua flor molhada, orvalhada por luas de amor.

domingo, 12 de abril de 2009

Sinfonia.


Gosto da melodia que imagino em teu quadris, dessa temperatura febril, desse  jeito de invadir tua solidão, e de sonhar-me  em tuas mãos, elas ;  que acariciam, tocam, inflamam, queimam como seresta na madrugada.
Vejo, ao insinuar-me entre tuas coxas, que roubas de mim um sentido, gosto disso, te permito e me permito te roubar um grito, um prazer uma maneira de ser, só tua, crua, feminina, sensual,  pétala nua, de todas és uma, faz-me teu homem, eu te creio minha mulher.
Nascer e renascer, tantas atitudes, virtudes, gosto de ser, boca que peca, me entretém, e me tem, sorve de mim, me beija  assim num romance  sem fim, pronunciado em  ais! Eu, louco enamorado
perdido em cuidados me aprofundo em ti, busco teu fim a tua sensação que grita, a palavra aflita que diz: fica dentro de mim. Então me atenho, me aquieto em tuas entranhas, provoco manha, sinto teu renascer, bebo em ti, dou-me à beber em tua boca, que orquestra  nossa sinfonia ...
Manhã, tarde, dia,  amada minha, voz na madrugada partida e chegada, todo o meu prazer...
Pousa em ti!

sábado, 11 de abril de 2009

Cinquenta ... (10.04.2009)


Fiz cinquenta, daqui à um mês, talvez perceba ... Agora eu não sei, se vou mudar ou mudei. Se emudeci de ontem, se sou o mesmo hoje e do que lembrarei amanhã.
Tenho uma estória indefinida,  não sei por quais caminhos cheguei, o que me trouxe aqui, por onde vou e o que me levará  a escolher, por onde andar. Hoje, sei  que vou e quero ir, por onde meu coração e minha alma estabelece, por onde semeio meio à meio, qualidades de sentimentos e razão.
Haja extensão ... ! Páginas, metáforas, sonhos e ilusão com sobriedade, enfim um meio século com retrato exato de mim.
Será que será ? Bom ... Imagino que sim !

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Poesia



Um dia, eu chamaria tua face de poesia, tua boca de amada minha.
Ah ! Lábios que sonhei, tantas vezes tocados e percorridos pelos meus, numa leitura em braille, rompendo manhãs, buscando estrelas, bebendo teu orvalho, tua voz nua, cantando o desejo e por fim o beijo, teu aroma, um gosto de indecifrável  sabor, eu te buscaria assim ...
Em abraços de braços quentes, pele ardente, energia que tremeluz,
corpos expostos em cruz, realidade de nudez em atitude de promíscua timidez, em tua amada substância,  eu me quedaria assim ...

Frágeis sorrisos, coxas e mãos entrelaçadas, miradas  veladas, sedução, trejeitos sensuais, plena exaustão, amanhecer ... Comunhão! 

terça-feira, 7 de abril de 2009

Verso


Eu, olhando pela janela, criei um verso pra ela,
era um verso de amor,  amor estirado, molhado
algo calmo, diferente de mim, que era assim ...
Algo intempestivo, surgido de rasgos e afagos.
Tudo extemporâneo e indelicado, beijo suado,
 imaginativo, criativo, abstrato de abril, céu anil
tarde que finda, noite que vem e a lua que míngua.
E, era assim ...

sábado, 28 de março de 2009

Latim


O que eu desejo ?

Eu desejo  tua luz, desejo nossa compreensão de universo, desejo versos, desejo comunhão de mim.
Desejo fazer você sorrir, desejo que ames, que reclames e que saibas entender, desejo um sem fim, de utopias e que pensemos  um dia, que elas sejam um fim, quando recomeço , sou eu
desenhando em ti, o  meu caminho...

Perdida noite, noite estremecida, pele lida em latim(ad libitum), me entrego ao teu verbo, faço um concerto e me conserto, absolutamente versejo, te cobro um beijo, decorro de ti, sorvo o que flui em teu sentimento. Deus ! me dê coração, pele e alma, tua voz me acalma, sinto-me dono de mim, se ... Me manténs assim, pobre de mim, serei teu escravo. Fingidamente, cavaleiro andante, eu, descobridor de ti, dessa tua hora de gozo, doutrinário e doutrinado, alma que diz confessadamente aprendiz.

Te quero madrugada, coxas claras, feito noite iluminada, lua cheia, que anseia o mel de amante,
que o teu todo, arranca de mim. Eu, que passeio em teus seios,  me liberto ...
Eu desejo, que estejas em mim. Assim, assim e assim.




sexta-feira, 27 de março de 2009

Matemática.


Beijo o silêncio, depois grito, berro, destilo agonia,
respiro, canto, deixo que renasça o dia.
Faço dessa comunhão, uma fingida alegria.
Não sei dizer adeus nem até logo, não sou assim
previ em nós, início e fim, entremeios de saudades,
e por fim ... Chegada.
Ah! Os amores ... Os amores findos, todos idos; como
a correr ao encontro do que não existe, há o amor que vive
ainda no confôrto do medo. Nada me toca, todo o carinho
sufoca, toda a distância me cai bem. Se não sofro, nem amo,
não causo dano à ninguém. Então ... que a vida me dê olhos,
Mais ... Quê ouvidos.
Não suporto a desgastada, palavra solidão. Intimamente,
chamo quietude, qualquer intensa melancolia, se dói ao dia
é certo que a noite vem, vou dormir, se não me pertenço,
ao amor, não pertenço também. Tem tempos, que o monumento
à vida, é relembrar. Hoje, é o tempo que não esqueci, uma matemática.
Puramente ... Joshuatree.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Palavras.


Há um amor latente e punjente entre as almas,
que o toque da matéria ... Deteriora.
Respiro esse medo eterno, numa agonia sem fim.
À mim, dói-me tanto ... A palavra que não digo.

Tens um verso  suave, que molha a minha boca, 
tenho uma vontade louca, de exorcizar-me em tua carne nua
não me tenho, me atenho, porque sonhei ao imaginar-te minha
 um desejo do teu beijo, é outra vez que dói,  a palavra que não digo.

Existe uma beleza triste, na melancolia que persiste, e na palavra
que insinua ...

segunda-feira, 23 de março de 2009

Uma mulher espera por mim


Uma mulher espera por mim, ela contém tudo em si, nada lhe falta,
Não obstante, tudo estaria faltando se o sexo estivesse faltando ou
                             [ se a umidade do homem certo estivesse faltando.

O sexo contém tudo em si, os corpos e as almas,
Os significados, as provas, a pureza, a delicadeza, os resultados, as
                                                                                         [promulgações,
As canções, as ordens, a saúde, o orgulho, o mistério da maternidade,
                                                                                            [o leite seminal,
Todas as esperanças, os benefícios, os favores, todas as paixões, os
                                               [amores, as belezas, as delícias da terra,
Todos os governos, os juízos, os deuses, todas as pessoas do
                                                                  [mundo que têm seguidores,
Essas estão contidos no sexo como partes de si mesmas, como
                                                                 [justificativas de si mesmas.

Sem sentir-se envergonhado, o homem de quem gosto conhece e
                                                            [declara as delícias de seu sexo,
Sem sentir-se envergonhada, a mulher de quem gosto conhece e
                                                                  [declara as delícias do  seu .     

Agora me despeço das mulheres impassíveis,
Ficarei com aquela que me aguarda e com as mulheres de
                                                [sangue quente e suficientes para mim,
Vejo que elas me compreendem e não me negam,
Vejo que elas me merecem, serei marido robusto daquelas mulheres.

Elas não são nem um til a menos do que sou,
Elas têm seus rostos queimados pelo brilho do sol e pelo sopro dos
                                                                                                   [ventos,
Seus corpos são dotados de divina elasticidade e potência,
Elas sabem nadar, remar, andar a cavalo, lutar, atirar, correr, golpear,
                                   [recuar, avançar, resistir, defender a si mesmas,   
Elas são definitivas em seus direitos - são calmas, claras, seguras
                                                                                        [ de si mesmas.

Trago-vos para junto de mim, vós, mulheres,
Não posso deixar-vos ir, eu seria bom para vós,
Sou por vós e sois por mim, não apenas em nosso benefício, mas
                                                                      [em benefício de outros,
Engendrados em vós dormem grandes heróis e poetas,
Eles se recusam a acordar ao toque de qualquer outro homem que
                                                                                                [não seja eu.

Sou eu, mulheres, faço o meu caminho,
Sou severo, ríspido, grande, indissuasivo, mas vos amo,
Não vos firo mais do que julgais necessário,
Derramo em vós a semente para gerar os filhos e filhas bem preparados
          [para estes Estados, aperto-vos com músculos rudes e vagarosos,  
Abraço com eficácia, não dou ouvidos a exigências,
Não ouso parar até que deposite em vós aquilo que por tanto tempo
                                                                      [esteve acumulado em mim.      

Através de vós, eu dreno os rios enclausurados de mim mesmo,
Em vós envolvo mil anos de porvir,
Em vós enxerto o enxerto do que é mais amado por mim e pela
                                                                                                     [América,
As gotas que destilo sobre vós devem gerar garotas impetuosas  e
                                     [atléticas, novos artistas, músicos, e cantores ,
Os bebês que procrio convosco se tornarão bebês procriadores por
                                                                                                      [sua vez,
Demandarei homens e mulheres perfeitos, saídos de meus
                                                                            [investimentos amorosos,
Espero que eles interpenetrem-se com outras, como eu e vós nos
                                                                            [interpenetramos agora,
Eu hei de contar os frutos de suas chuvas efusivas, tal como eu
                         [ conto os frutos da chuva efusiva que vos dou agora,
Hei de esperar pelas colheitas amorosas do nascimento, da vida, da
                    [morte, da imortalidade, que planto tão amorosamente
                                                                                        neste momento.

Walt Whitman -  Livro : Folhas de Relva       

Brindo à existência e grandiosidade do Homem, do poeta e de sua obra. 

sábado, 21 de março de 2009

Tá ...


... vamos devagar, sem confessar não sei o quê, ou tudo. Hoje, absorto nas cores decorridas da noite,  estou mudo. Alienado de sons, unicamente silencioso, deliberadamente inconfesso.
Pergunto se escuto, a voz da razão, mas  em meio tom, grita a insensatez, que por sua  vez, estabelecesse o dia e professa condição. Na quietude  me ausento, perdidos olhares prostrados ... Vasculhando o sim da imensidão.

Hoje não quero falar, então ... Confesso.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Da brevidade ...


Estás feliz ?  Não sei, reconheço que não estou infeliz ...
Essa propriedade de não estar, teria a mesma dimensão de ser ou estar feliz?
Sei lá ...  Tenho meus motivos de razão. Posso estar feliz em algum momento,
e não ser e  nem estar infeliz , por muito tempo.
Da mesma forma, pode o amor em toda a sua essência, ser uma doença quando :
misturado à paixão?
Ou a paixão é o amor dosificado, que se absorve conforme à conviniência?
Penso que por tudo isso:  ser, não ser, estar ou não, ou quem sabe : sim !
me envolvo numa sensação de promiscuidade.

Isso não é filosofia, só um estado breve, de pura melancolia.
Até ...

quinta-feira, 19 de março de 2009

Exceto ...


De tudo em mim, me acharás perdido
do ir e vir das sensações que não defino,
do que falei, de tudo o que não digo ...
Permitirei que à tudo duvides,
exceto,  meu amor ... Não consinto.

Ai! amor de amar, face de lua nua, no olhar
a descortinar no imaginário, meu eu, em ti.
a cúmplice paixão que tua boca comunica ...
renega e nega-te aos sentimentos que me habita,
exceto, ao meu amor ... Não permito.

Amor, capaz de  parir consequências, gosto ao desejo 
na intimidade, a  indecência. O delírio do beijo.
Amor que rescende, toca, exorciza, se contorce, grita ...
Que a tudo ilumina, anima, é intenso aroma de suor,
De tudo crer, hesito ... Exceto, ao meu amor!


domingo, 15 de março de 2009

Brincando de Enquete.

Recebi convite da Cris (blog : Eu do incio ao fim) pra responder umas perguntinhas (são 33 ufa!) então ...
1-    Nome completo?
       Carlos Ney Camargo de Borba
2-   Por que lhe deram esse nome?
       Não sei, decisão de pai a gente não questionava.
3-   Você faz pedidos  as estrelas?
       Faço pro universo, me sinto mais à vontade  com ele.
4-   Quando fou a ultima vez que você  chorou?
       Tem um mes, diante da TV, vendo um filme que nem lembro o nome.
5-   Gosta de sua letra?
       Não desgosto, mas eu podia  caprichar mais.
6-   Gosta de pão com o quê ?
       com tomate,pimentão, salsinha,cebola (picados bem miúdinhos) vinagre e azeite. Delícia !
7-   Quantos filhos você tem ?
      Mala suerte, não tenho nenhum. ( nem extraviados, imagino.)
8-  Se você fosse outra pessoa, seria seu amigo?
      Seria sim , gosto de gente como eu, que saiba ser perdoável. Hehehe
9-  Saltaria de Bungee-Jump?
      As vezes tenho vontade de voar ..
10-Desamarra os sapatos antes tirá-los?
      Sim.
11-Acredita que você seja uma pessoa forte?
     Muito, o universo é meu amigo.
12-Sorvete favorito?
      Chocolate.
13-Vermelho ou preto?
       Vermelho.
14-O quê menos gosta em você?
      A credulidade. Apesar da idade, convivo com um pouco de ingênuidade.
15-O quê mais gosta em você?
      Da disposição pra desafios e criatividade.
16-De quem você sente saudades?
       De mim, há uns  15 anos atrás.
17-Descreva, que roupa e calçado, está usando agora?
      Bermuda jeans, camiseta e chinelos.
18-Qual a ultima coisa que comeu hoje?
       Doce de figo.
19-O que você esta escutando agora?
       O Silêncio da casa.
20-Última pessoa com quem falou ao telefone?
       Minha mãe. 
21-Bebida favorita?
      Vinho seco ( carmenére).
22-Comida?
       Todas que preparo na panela de ferro, que era da minha avó, e churrasco em fogo de chão.
23- Último filme que vi no cinema e com quem?
        Já tem uns  3 anos, nem lembro mais e foi com uma ex namorada, acho que eu tinha outras coisas em mente.
24-Dia favorito do ano?
       Toda a terça-feira.
25-Inverno ou verão?
      Me adapto as estações, mas gosto de primavera.
26-Beijos ou abraços?
       Os dois, um complementa o outro, se completam.
27-Sobremesa favorita?
      Pudim de queijo.
28-Que livro esta lendo?
       Nietzsche - Vida e Obra. Mas confesso, esse cara é muito complicado pra mim. 
29- O que tem na parede do seu quarto?
        Uma imagem de cristo em pedra sabão, uma raquete de tênis, dois pequenos quadros com anjos, cortina, chave de luz e tomadas.
30-Filmes favoritos?
       Tem vários, que se tornaram ótimos pelo momento de arte, interpretações, roteiro etc. acho que se citar alguns, serei injusto com os demais.
31-Onde foi o lugar mais longe que você  foi?
       No mapa geográfico, foi em Montevideo - Uruguay. No abstrato, já me mandaram tantas vezes à merda, mas é um lugar tão longe, que até hoje, não cheguei lá.
32-Uma Música?
       Muitas, me sinto impregnado de tantas melodias, que escolher uma, é heresia.
33-Uma frase?
       É a do momento ideal, a de hoje. li no blog " olhar dentro dos olhos" da Bia Maia. Dizia assim:
"É nossa luz, e não nossa sombra, o que nos amedronta" do texto: Não tenha medo de Brilhar. Achei incrívelmetne, inspiradora.

Bom ... é isso ! (parafraseando a Lytha).

Carpe Diem !



sábado, 14 de março de 2009

Bom dia ...


Uma sensação de amor que brota,
 semente que sobrevive em terra árida
cautelosamente insiste ...

... Me ocorre pensar, que respiramos
da mesma melancolia.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Margaridas .


Hoje, passeando pelas margaridas ...
Lembrei de maria, reconheci ainda,
um aroma de Teresa Cristina, é  a vida ...
Pródiga, em nos fazer relembrar.
Será  todo o injustificado do amor,
um sentimento reconhecido na fé?
Não creio,e, se não creio, provavelmente
não sinto.
Imaginei que o amor só acontece em sua falta,
pensei nisso, como se determinasse uma sentença...
Mas que sei eu do amor ! Eu, que apenas imagino,
e desde então, já não sei o que sinto.
Por isso, o amor que te pretendo dar
não se recolhe ao espaço de lembranças,
quer construir-se em si próprio, bastar-se
ir  além, de  converter-se em metafisica.

Há tempos, que  apago lembranças,
nos vastos campos, de margaridas ...

sábado, 7 de março de 2009

Estrelas.


Quando chamaram-me  anjo, eu disse : vim da MULHER . Nela ... Me pertenço, estremeço, recomeço. Intensamente  ... Vivo ! Fugi do céu, me perdi num paraíso.

Amadas constelações, um brinde à Vida !

Mulher ...



Por tudo o que me tens dado, sou feliz.
E aqui estou pleno de agradecimento,
desde a superfície à raiz, do mais casto
sentimento de amor.
Tu, que tudo podes, que gritas, silencia ...
tu, meu arco-íris de alegrias, alguma vez
tristeza na paixão, ainda assim, te tenho
sempre minha, definida em minha alma,
plenamente amada em coração.
Tu, dadivosa da dor, a nutrir a semente
em tua nobre  natureza, és o cálice da vida,
toda a essência do amor.
Muito me tens dado, e, se quase nada te ofereço
é porque nada sei, se não me orientas.
À ti, tudo  devo, abençoada  és, ao pé da maciera
te amo, não sei agradecer de outra maneira.
Mulher ! Fazes do efêmero uma eternidade, 
tocas, beijas, amamentas, alimentas  sonhos, artes
odeia e ama, com a mesma intensidade, é o que te faz
perfeita , Conduzes bem ... A diversidade !

À ti nada mais direi ... Exceto, que te confesso meu amor,
tu, me completas !



quarta-feira, 4 de março de 2009

Tempo


Ah ! Quero  roubar ao tempo um tempo, dias, horas, nem melancolia nem solidão,
plena razão, medidas transitórias, recomeços, jeitos , memórias.
De tudo então, sentir-me livre, firmamento e coração.
Não carrego amarguras, se às  tive, esqueci. Não lembro o que não vivi.
Roubando do tempo um tempo, crio o momento perfeito, para me achar em ti.


Bem amada ...


... Eu saio a procurar estrelas, no céu da minha mulher amada. Desmistificada em meus próprios sonhos, e tudo o que me proponho, é renascer...
Redivivo ...( te pressinto). Ressoas em minhas  veias, navegas, rescendes em meu interior, tens gosto de amor,  cores de primavera, de  ti  minha  alma espera, a melodia da comunhão.
Não sei quem és, sei que te imagino, num além de mim, na deriva do circunstancial.
Tu que és tu, flutuas em meu imaginário delineada em palavras, todas vívidas, como  a formar um retrato de ti, em minha vida.
Quando chegares, serás ... Bem vinda !



Meme do que me faz sorrir .

Recebi de http://cafeteria24horas.blogspot.com/
Devo dizer 7 coisas que me fazem sorrir, indicar 7 blogs que me fazem sorrir e avisa-los.( não sei se  eles vão rir , já mandei outro ).
Mas  ...  Então, as sete coisas que me fazem  sorrir são:
  1. Sacadas cheias de sarcasmos e irônias com humor.
  2. Minhas sobrinhas, com suas singularidades.
  3. Pessoas de boa vontade, que me ajudam no aprendizado de valorizar a experiência de viver.
  4. Churrasco com os familiares, fogo com lenha e no chão.
  5. Cerveja bem gelada com muita gente na volta e conversa misturada.
  6. Satisfação pelo trabalho bem feito.
  7. Aprender todo dia, que tudo na vida pode acontecer.
Repasso para:
E  era isso ...

Meme


http://amorfilosofoamor.blogspot.com/
Recebi esse meme e devo repassar a 15 blogs.
Que devem repassar a mais 15 - Linkar o blog  e avisar pra quem esta oferecendo.
Repasso para:
Então é isso ... Carpe Diem !

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

... Voltar.


Leia-me, mas sem que teu verbo análise,

não me basta a interpretação  de mim.

Pressinta-me, percorra-me com as mãos e os lábios do teu imaginário, depois, num caminho contrário

que teus  olhos se detenham na espera que o dia amanheça,

com meu eu, descoberto em tua boca, num beijo sem fim...

Se for assim, deixemos que a paixão aconteça.

 

Meu amor ... Desnudo a madrugada para aconchegar-me

em tua pele macia, nessa claridade sensual

que se desenha aos meus sentidos, gosto da turgidez,

das pétalas que gritam em teus seios, delas ...

Evola o aroma do teu prazer, assim imagino.

 

Te tenho amores, minha bela adormecida, amores,

que cantei em nossa ausência, amores no tempo e

na distância, que percorri entre tua boca e a rosa carnal,

por onde flui tua essência.

Faremos do agora  nosso interlúdio, voltar ao amanhã ...

A composição de nossas vidas.

Amor meu ... Bem vinda!

 

 

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Terapia


Estou ausente de mim ... Já não me tenho como antes,
A efervescência de querer dizer, de entoar, de me predispor, não me acompanha.
O não entender é um nada que se perpetua, me assusta ...
Eu tenho um medo raivoso, do que não entendo.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

http://espiritodameia-noite.blogspot.com/ - Meme


Recebi do poeta DM o convite pra participar, tenho de :

Agarrar  o livro mais próximo;
abrir na pagina  161
procurar a quinta frase  completa, postar no blog e;
repassar para  seis pessoas .

Então, la  vai:

O Livro :  - Para Nascer Nasci -  Pablo Neruda.
A frase : "  Porque, que sei eu do ano 2000? E sobretudo, que sei da poesia ? "

Repasso Para seis blogueiros , que  são :

Gostei de participar, quando alguém tiver 1 minuto de complacência, por favor me diga o que é "Meme"
Abraço no coração.