sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Musicalidade ... On Air !


Por acasos e descasos do inconsciente, sobrepõem-se as urgências do dia. Fim de semana que irradia uma musicalidade no ar ... A ária de um pária, que conduz a orquestra nas veias, as teias horizontais, sinais das próximas luas frias.
... Vem dançar, na verticalidade dos campos subjuga teu corpo ao movimento, solta ao vento tuas frases cheias, de corpo, véu e nomenclatura. Jura, promete, volteia tuas formas em seda pura, confessa a formosura de teus seios. Entremeia teus cabelos, roça na dança os teus pêlos, submete meus apelos, aos estreitos jeitos da carne que enlaça, dança teu ventre com graça e disfarça em teus lirios a rosa que Deus te deu.
Não sou, não sei e não teria, mais que matéria fria, longe dos lábios teus ! Quando e enquanto gerar e gerir sons a tarde, de palavras cristalinas, cantam e encantam as previsões, dessas vozes femininas. Em anaguas de algodão e seda fina, bailam em muitos corações, os desejos verves das adoráveis meninas.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Pink "Fró(id)" borderline ...Terapia musical


Passeando por essa estrutura mal acabada, eu me detenho, bebo um vinho e me confesso...
Egocêntrico, travesso e sedutor, passo pelas avenidas do amor, como dedos que percorrem teclas do piano: insano, subjetivo, pretensioso e sonhador.
"... Em breve, a primavera !
Talvez eu veja nascer de verdade, as flores que plantei. Não sei quais são, espero a surprêsa.
Essa vida medonhamente faceira e companheira, parece requisitar muito mais de mim. Estou repleto de esperança, tanto quanto essa árvore que se expande, diante de minha janela. Não é bela, mas completa em sua corajosa travessia. Protetora da lampada de aladim. "
O delírio de sorver o vinho me satisfaz, misturado às excentricidades do pensamento, me torna verdadeiramente incapaz, de considerar o equilíbrio, entre minha civilidade e o instinto.
"... Mi padre y yó, tuvimos cosas parecidas, hicimos de andar por la vida, sin recuerdos ni
dolor. El vino y las risas, el humo de los cigarrillos, es de toda la historia, el mejor."
Esta posto ! Deposto o déspota, restam resíduos rosados do vinho na taça. E a moça que passa, sorri ... Parece feliz.
Talvez , como eu; tenha sido tomada pelo rock poético do Sonata Arctica. Ahhh ! Não importa, de alguma forma, sempre divido o que penso ser meu. Disperso estou, entre teus lábios e tuas coxas.
Minha casa; minha casa é um antro de confusas tradições, quando termina o vinho, faltam soluções. É então que não sonho mais, que não procuro mais, que não me relaciono mais ...
Não acredito e premedito todas as reações, canso de ser um adivinhador. Sei que o desejo é um grande provedor, das grandes necessidades do amor. Hoje, minha casa é uma grande barra de goiabada, toda feita pra comer.
Borderline, linha escura, gostosuras em travessuras, adrenalina pura, medo e vontade de morrer e sobreviver, paranóia, andar no fio da navalha, ser mais querido que querer.
Atormentador, indelicado, cheio de sensibilidade, comprador de amor, raiz sem flor, presumido senhor absoluto. Resoluto e incauto, arauto da emoção, presumível senhor da morte prematura.
Gosto do vinho e sua sagacidade que me contagia, gosto da selvageria que imprime em suas raízes, da terra árida que constrói essa energia e irradia força, sobrevivência, ferocidade, e enfrenta a vida com alegria.
Sinto-me um deus ! deus dos ateus, mensurável idiossincrasia pura, e o que me segura, é a complexidade de explicar meu Deus !
Tem tanta coisa que me emociona
tem tanta coisa que me faz chorar, que devo irrestritamente dizer ... Amém !
E o Sonata Arctica, diz também.

sábado, 22 de agosto de 2009

Dó, ré, mi ...


Gosto do feitiço do tempo, da musica que me leva lento, que absorve o momento de escorrer por tua boca. De sons e espera, dedico minha passagem momentânea pelo teu universo. Amor pecado mais distinto, eu te distinguo entre todos os contornos de teus lábios, do afago, da força de minha resistência e da ausência de ser em teu ser, mais que uma calorosa presença.
Me deixem ou me arrastem, mas musicalizem meu destino em suas esperanças, toquem minha alma, me absorvam em suas essências, cantem para mim a musica da solitude voluntária. Não quero estar nas estrelas, sem a magnitude musical dos seus instintos, eles que sobrevivem, eles
que são todos os tuneis do tempo, jorram vinhos e momentos que não couberam todos em mim.
Que seja assim ... Enfim !

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Gregas ...


Ta bom ... Hoje não tem importância a chuva nem o frio, deveras me incomoda o desperdício de tempo. Quero vaguear e vagar pelas estrelas do dia, da tarde entre vento e garoa fina, que me faz bater dentes. Não sei porque escrevo, talvez seja uma simples ocasião de ocupar-se com nada, correr dedos sobre marcas brancas, enquanto a porta engole a aragem gelada, e as pessoas andam por aqui e ali, todos transitam em direções contrárias ... Pensei agora em ereção, coisa estranha ...
Tarde gris, nuvens viajeiras, um leve azul lá no horizonte desponta, talvez a tarde acabe bem, e
nenhuma recordação fique, vão-se todas as coisas inquietantes nas "abas" de nuvens ...
Divago, não sei o que digo nem o que digito, acompanho a ultima palavra, esqueço a frase, tomara que tenha algum sentido, vou ler amanhã e ver se entendo hoje. lembro de musica, mas não escuto, não quero ser manipulado por melodias, nem por gemidos de uma mulher sedutora.
Queria beber todas, mas sempre acabo olhando o fundo da garrafa e descobrindo um mundo secreto naquela última gota ... Dá vontade de ter nascido grego, pra conversar "fiado" e adentrar a uma filosofia pura, totalmente desconhecida mas cheia de calor e luminosidade, abastecida pela lenha que queima e se transforma em cinza pura.
Ta chega ! Vou trabalhar pra comprar lenha.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Divagações



Mãos, sangue, veias ... Translúcido, o que me vai por dentro.
Também quero dizer-me o que não sei, explicar-me o que
não sinto.
Alguns dias, as palavras esquecem os sonhos
e a criança dentro de nós, cresce ...
Não dizemos que a esperança é verde, como as árvores
da janela, nem que a flor amarela é bela, e, que o mar
tem um estranho tom de azul, no outono.
Pensamos sim, que o mundo devia ser diferente,
todo igual aos desejos da gente, pra depois
dizer: Deus, que caos !
Nem guerra nem paz, democracia com poesia
instalar a teoria, de um mundo paralelo, onde
o que teria de mais belo, seria o direito de imaginar
e viajar outro universo adentro ...
Divago no afago das pretensões, gosto
da utópica sensação de serenidade,
que transparece liberdade e voa ...
Dentro de mim.

Gota, gota ...


A gota inteira liga meu eu, a tua boca
um fio de estória, saudade nem tão sã
e nem tão louca. Apenas sem fim.
Saudade reticente, que pousa e se eterniza
na alma e no corpo da gente.
Ah ! Que alma, que nada !
É a carne enamorada, que grita os desejos
de ti. Gota, gota, emergida em transparência
fluindo de minah essência, ao encontro dos
lábios teus ...
Por isso o amor que te tenho, tem tons
de melancolia, de casa vazia, noite fria
cor de ausência que determina
meu tempode solidão.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Diferenças


O amor e eu, temos algumas diferenças
ele me diz que já é tempo ... Tempo pretenso
de saber, o que vai na alma da mulher, mas,
sem pretextos nem dissimuladas opiniões.
E eu, que não pretendo mais que a maciez
de tua pele, o gosto de tuas coxas em minha boca
beijadora, digo que tua alma flui em mim, diáfana
criatura que habita em ti. Já que te posso sentir,
não haverá sentido em saber e definir ...
... Diferente amor, de manhãs e noites vazias,
preferida carne que se distancia
dá-me a essência de teus seios em minhas mãos,
Corrompe meu coração com tua incandescente flor,
desafia meu instinto, desfia-te em meu destino,
destina meu desatino às teorias do amor.
Por fim, neste sem fim sem solidão,
eu me entendi com a paciência,
sobre a incoerência das mensuráveis diferenças,
entre o amor e a paixão.