segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Pink "Fró(id)" borderline ...Terapia musical


Passeando por essa estrutura mal acabada, eu me detenho, bebo um vinho e me confesso...
Egocêntrico, travesso e sedutor, passo pelas avenidas do amor, como dedos que percorrem teclas do piano: insano, subjetivo, pretensioso e sonhador.
"... Em breve, a primavera !
Talvez eu veja nascer de verdade, as flores que plantei. Não sei quais são, espero a surprêsa.
Essa vida medonhamente faceira e companheira, parece requisitar muito mais de mim. Estou repleto de esperança, tanto quanto essa árvore que se expande, diante de minha janela. Não é bela, mas completa em sua corajosa travessia. Protetora da lampada de aladim. "
O delírio de sorver o vinho me satisfaz, misturado às excentricidades do pensamento, me torna verdadeiramente incapaz, de considerar o equilíbrio, entre minha civilidade e o instinto.
"... Mi padre y yó, tuvimos cosas parecidas, hicimos de andar por la vida, sin recuerdos ni
dolor. El vino y las risas, el humo de los cigarrillos, es de toda la historia, el mejor."
Esta posto ! Deposto o déspota, restam resíduos rosados do vinho na taça. E a moça que passa, sorri ... Parece feliz.
Talvez , como eu; tenha sido tomada pelo rock poético do Sonata Arctica. Ahhh ! Não importa, de alguma forma, sempre divido o que penso ser meu. Disperso estou, entre teus lábios e tuas coxas.
Minha casa; minha casa é um antro de confusas tradições, quando termina o vinho, faltam soluções. É então que não sonho mais, que não procuro mais, que não me relaciono mais ...
Não acredito e premedito todas as reações, canso de ser um adivinhador. Sei que o desejo é um grande provedor, das grandes necessidades do amor. Hoje, minha casa é uma grande barra de goiabada, toda feita pra comer.
Borderline, linha escura, gostosuras em travessuras, adrenalina pura, medo e vontade de morrer e sobreviver, paranóia, andar no fio da navalha, ser mais querido que querer.
Atormentador, indelicado, cheio de sensibilidade, comprador de amor, raiz sem flor, presumido senhor absoluto. Resoluto e incauto, arauto da emoção, presumível senhor da morte prematura.
Gosto do vinho e sua sagacidade que me contagia, gosto da selvageria que imprime em suas raízes, da terra árida que constrói essa energia e irradia força, sobrevivência, ferocidade, e enfrenta a vida com alegria.
Sinto-me um deus ! deus dos ateus, mensurável idiossincrasia pura, e o que me segura, é a complexidade de explicar meu Deus !
Tem tanta coisa que me emociona
tem tanta coisa que me faz chorar, que devo irrestritamente dizer ... Amém !
E o Sonata Arctica, diz também.

Um comentário:

Lú Naíma. disse...

"O delírio de sorver o vinho me satisfaz, misturado às excentricidades do pensamento, me torna verdadeiramente incapaz, de considerar o equilíbrio, entre minha civilidade e o instinto."

Nossa, quantas e quantas vezes isso me acontece. Há dias em que tudo parece ser uma coisa só.

Sempre com post's agradáveis de se ler!
beijo grande*