quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Gregas ...


Ta bom ... Hoje não tem importância a chuva nem o frio, deveras me incomoda o desperdício de tempo. Quero vaguear e vagar pelas estrelas do dia, da tarde entre vento e garoa fina, que me faz bater dentes. Não sei porque escrevo, talvez seja uma simples ocasião de ocupar-se com nada, correr dedos sobre marcas brancas, enquanto a porta engole a aragem gelada, e as pessoas andam por aqui e ali, todos transitam em direções contrárias ... Pensei agora em ereção, coisa estranha ...
Tarde gris, nuvens viajeiras, um leve azul lá no horizonte desponta, talvez a tarde acabe bem, e
nenhuma recordação fique, vão-se todas as coisas inquietantes nas "abas" de nuvens ...
Divago, não sei o que digo nem o que digito, acompanho a ultima palavra, esqueço a frase, tomara que tenha algum sentido, vou ler amanhã e ver se entendo hoje. lembro de musica, mas não escuto, não quero ser manipulado por melodias, nem por gemidos de uma mulher sedutora.
Queria beber todas, mas sempre acabo olhando o fundo da garrafa e descobrindo um mundo secreto naquela última gota ... Dá vontade de ter nascido grego, pra conversar "fiado" e adentrar a uma filosofia pura, totalmente desconhecida mas cheia de calor e luminosidade, abastecida pela lenha que queima e se transforma em cinza pura.
Ta chega ! Vou trabalhar pra comprar lenha.

2 comentários:

Davi Machado disse...

"vou leramanhã e ver se entendo hoje"
acho que a inutilidade das coisas é muito útil, e nada é tão útil quanto um punhado de palavras certas e 'incertas'!

Isa Arth disse...

Lindos os seus versos, conexos com a sensiblidade da alma que se deixa
voar..