sexta-feira, 27 de março de 2009

Matemática.


Beijo o silêncio, depois grito, berro, destilo agonia,
respiro, canto, deixo que renasça o dia.
Faço dessa comunhão, uma fingida alegria.
Não sei dizer adeus nem até logo, não sou assim
previ em nós, início e fim, entremeios de saudades,
e por fim ... Chegada.
Ah! Os amores ... Os amores findos, todos idos; como
a correr ao encontro do que não existe, há o amor que vive
ainda no confôrto do medo. Nada me toca, todo o carinho
sufoca, toda a distância me cai bem. Se não sofro, nem amo,
não causo dano à ninguém. Então ... que a vida me dê olhos,
Mais ... Quê ouvidos.
Não suporto a desgastada, palavra solidão. Intimamente,
chamo quietude, qualquer intensa melancolia, se dói ao dia
é certo que a noite vem, vou dormir, se não me pertenço,
ao amor, não pertenço também. Tem tempos, que o monumento
à vida, é relembrar. Hoje, é o tempo que não esqueci, uma matemática.
Puramente ... Joshuatree.

2 comentários:

guvidu disse...

a matemática do amor,a meu ver, é esta - 1+1= 2 em 1 :)

bilhante, mas tiste sentido, qd afirmas:"se não me pertenço,ao amor, não pertenço também." - eu tb pertenço ao mesmo "clube#, pois viver sem amar é solidão absoluta, não-pertença...

boa sorte e bj de fim de tarde portuga

Efigênia Coutinho ( Mallemont ) disse...

Beijo o silêncio, depois grito, berro, destilo agonia,
respiro, canto, deixo que renasça o dia.

por Joshuatree, como você escreveu bonito, que belíssimo sentir, serei uma seguidora deste seu espaço literário, meus cumprimentos,
Efigênia Coutinho