sábado, 29 de maio de 2010

Maria ...

Tão pouco se falou de Maria, da paz contida em seus lábios primorosos, daquele silencioso olhar  consentindo   travessuras, da voz que segurava o grito, e da boca que poucas vezes reclamava um beijo.Não sei porque me ocorrem tais lembranças, talvez – é sempre, todo o dia um talvez – eu comemore inconscientemente, a amorosa idiossincrasia  de Maria.
 Sobram-me tão poucas coisas a relatar, porque de tão intensos e explícitos, mistificaram-se todos; os atributos de Maria. Multiplicando-se nas tenras coxas de Solange, nos carinhosos seios de Lisbeth, naquelas mãos impiedosas de Consuelo, e sobre os róseos lábios de Suzane, eu me detenho me recomponho e me recuso a confessar.  
Ah! É indescritível a insensatez do imediato, do dito e consentido, do que se funde ao ato de fato e  sem remorso, da pálida e cálida clausura que desejo. Por tudo e tanto desde as estrelas à terra audaz eu canto, pelo absoluto transcorrer do tempo, pelo todo em si que eu recordo, bem amada Maria... A ti eu canto!

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